quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Mercado reage e reduz queda nas vendas de imóveis

DCI, 13/jan

Pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECI-SP) aponta recuperação da venda de imóveis usados na capital de 24,68 pontos percentuais. Segundo a instituição, o mês de outubro do ano passado, auge da crise financeira global, apresentou grande queda - 26,36% - em relação ao mês de setembro de 2008. Em novembro esse quadro se reverteu e a queda ficou em 1,68%. A pesquisa leva em conta só os números da capital paulista. Ao todo foram consultadas 504 imobiliárias. Estas mostraram que, em novembro, venderam 160 casas e apartamentos. Os campeões de venda foram os apartamentos, com 68,75% do total.
A pesquisa CRECI-SP apurou que em novembro os imóveis mais vendidos em São Paulo foram aqueles com valor superior a R$ 200 mil. A maioria das negociações foi realizada à vista - 58,65% ficando os financiamentos com 38,35%, e as vendas diretamente financiadas pelos proprietários com os restantes 3,01%. Não foram registradas vendas por consórcios pelo terceiro mês seguido.
Em entrevista ao DCI, José Augusto Viana Neto, presidente da instituição disse que considera o índice excelente. "A crise é de confiança. O mercado brasileiro de imóveis, a partir do momento que percebeu a relação entre crise de crédito e imóveis é algo focado no mercado americano, retomou os negócios. Apenas três bancos alteraram as taxas de financiamento para cima e já vão recuar devido a concorrência". Para o presidente, o problema pode acontecer no Brasil se houver uma onda de desemprego. Ele aponta como tendência, a venda de imóveis usados. "Esperamos um 2009 bom em termos de venda , principalmente na venda de imóveis usado. Os aluguéis são possibilidade de bons negócios e lucratividade. O investidor olha para este mercado. Outro fator é a diminuição dos lançamentos e publicidade no setor".
Augusto Viana afirma ser necessário esperar a apuração dos números de dezembro para ver se a recuperação se confirmará como uma tendência. A expectiva é que o índice estadual deva sair em duas semana. Já o fechamento do semestre em meados de fevereiro.
O presidente do CRECI-SP ressaltou, ainda, que a redução de juros passou de 6% para 5% ao ano - nos financiamentos para famílias com renda mensal de até R$ 2 mil.

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