quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Caixa prevê conceder R$ 27 bi em crédito para habitação no ano

DCI, 22/jan
A Caixa Econômica Federal revisa para cima o crédito imobiliário disponível em 2009, para R$ 27 bilhões, ante uma perspectiva anterior de R$ 25 bilhões. A afirmação é da vice-presidente da instituição, Clarice Coppetti.
No ano passado, a disponibilidade foi de R$ 22 bilhões e, segundo a executiva, o banco financiou 45% de unidades a mais do que em 2007, em que o estoque de crédito à modalidade chegou a R$ 15,2 bilhões.
Copettti participou do lançamento do Condomínio Trieste, que tem 340 unidades habitacionais no bairro de Campo Grande, zona oeste do Rio, e recebeu investimentos de R$ 13,6 milhões. Os imóveis são financiados pelo Programa de Arrendamento Residencial (PAR) e estão avaliados em R$ 40 mil, com prestações mensais em torno de R$ 280.
Antes da ampliação do orçamento para o crédito imobiliário, a entidade chegou a afirmar que não esperava chegar aos R$ 25 bilhões até então destinados, esperando chegar a R$ 20 bilhões, 80% do volume total.
A grande aposta é o pacote de medidas que o governo federal prepara para o setor habitacional a ser lançado ainda neste mês ou no começo do próximo.
Entre as medidas, a classe média deverá ser beneficiada com uma redução na taxa de juros e também, com a maior disponibilidade de crédito no mercado. Para a população de baixa renda poderá se beneficiar com políticas de subsídio.
As medidas devem também atingir o setor da construção civil. É dada como certa a desoneração tributária da cadeia de material para o setor. Ainda não se sabe, no entanto, a que níveis de redução o Executivo será capaz de chegar, mas o setor propôs Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a zero durante o período de dois anos.
Também se especula que haverá uma redução de IPI nos mesmos moldes da concedida ao setor automobilístico. No final de 2008, o governo concedeu a diminuição do IPI de 7% para zero, de 13% para 6,5% de 11% para 5,5%, de 8% para 1% e de 8% para 4%, dependendo da categoria dos veículos. A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (Abramat) acredita que com essa redução, as metas para o Produto Interno Bruto (PIB) poderiam chegar a 4,5%, ante perspectivas atuais do governo de crescimento entre 2,8% e 3,8%.

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